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Audiência pública discuti privatização dos terminais de ônibus

15/09/2007 00:00 598
Categoria teme que medida deixe a categoria desempregada e faz duras criticas a gestão destes estabelecimentos
Durante audiência pública realizada na tarde da última quinta-feira,13, os vendedores ambulantes que atuam nos terminais de ônibus de Aparecida de Goiânia pediram apoio a Câmara Municipal para evitar a privatização do terminais de ônibus no municípios. A categoria teme que a medida expulse os trabalhadores do local. A audiência Pública foi acompanhada pelo procurador geral do município, Marcelo Fernandes, pelo diretor financeiro da Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC) Felismar Martins e dos deputados estaduais, Marlúcio Pereira (PTD) e Valdir Bastos (PR). De acordo com o presidente da Associação dos Comerciantes Ambulantes de Aparecida (Ascaap), Francisco Juzarez Benevides, a informação sobre a privatização foi passada pelos gerentes do terminais, mas não houve comunicado oficial da CMTC. Enquanto isso, os vendedores ambulantes vivem o pesadelo de ficar sem um local para comercializar seus produtos e consequentemente aumentar o numero de desempregados. Não podemos permitir que isso aconteça. Com a privatização ficarão muitas famílias desempregadas e passarão até fome. Só queremos o espaço para trabalharmos com dignidade com nosso direitos garantidos pela lei, defende Juarez. Durante a audiência a categoria aproveitou para fazer sérias denuncias a situação precárias dos terminais. São banheiros sujos e insalubres, alambrados quebrados, paredes pichadas, limpeza precária, falta de segurança e condições sub-humanas de trabalhos. Juarez informou ainda que há trabalhadores que não têm permissão para explorar o serviços dentro dos terminais e alguns estão passando por constrangimentos. Muitas vezes somos impedidos de montar nossas bancas e nosso acesso é dificultado, acrescenta. Os ambulantes relatam ainda que esta havendo monopólio dos espaços por parte dos permissionários da Associação dos Acidentados do Trabalho do Estado de Goiás (Aciteg). Os direitos precisam ser iguais, todos precisam trabalhar então não se pode privilegiar os outros em detrimento do demais, indigna-se Juarez. Não foi encontrado ninguém da diretoria da Aciteg para esclarecer a denúncia. Em troca de resolver o impasse a categoria se comprometeu a assumir a limpeza dos terminais, mas não houve acordo. O diretor financeiro da CMTC, Felismar Martins assegurou que não a intenção por parte da companhia de promover desemprego em massa. O que queremos é terceirizar a gestão dos terminais até mesmo para que as empresas que ganharem a licitação para explorarem o serviço do transportes coletivo assumam a responsabilidades dos terminais, explicou. O presidente da Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia, João Antônio Borges ressaltou que o Poder Legislativo dará total apoio para evitar uma possível privatização. Somos contra qualquer ação que prejudique estes trabalhadores. Não podemos admitir que profissionais percam seu direito de trabalhar e no que depender desta Casa seremos oposição a este tipo de atitude, garantiu.