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Câmara Municipal entra na briga para defender o Maria Inês

11/10/2007 00:00 589
A Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia promoveu audiência pública na manhã desta quinta-feira,11
A Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia promoveu audiência pública na manhã desta quinta-feira,11, na escola municipal Guiomar Rosa de Oliveira, no Jardim Maria Inês para buscar uma saída quanto ao problema do mau cheiro exalado pela Estação de Tratamento de Esgoto da Saneamento de Goiás (Saneago), localizada na Alameda Antônio Alves de Melo, daquele setor. Participaram da audiência o deputado estadual Marlúcio Pereira, o secretário municipal do Meio Ambiente, Lafaiete Campos Filho e representando a Saneago compareceram o assessor da diretoria de produção, Augustinho Albino Vieira, o superintendente da região metropolitana, Rivadávia Matos Azevedo, a gerente de tratamento de esgoto, Maria Pignatária de Santa e a coordenadora de vistoria e fiscalização de esgoto, Maria Marcório. Ao amanhecer e ao entardecer são os piores momentos vividos pela população. O feirante, Osnide Flávio de Oliveira,60, revela que na hora das refeições o odor chega a tirar o apetite e as dores de cabeça, náuseas e vômitos são inevitáveis. Minha família e eu não aquentamos mais vivermos nesta situação, é um mau cheiro insuportável, conta. O feirante confessa que por dificuldades financeiras não consegue se mudar do local. Como se não bastasse o odor, a estação de tratamento causou a desvalorização dos imóveis da região. A dona de casa, Neusa Maria de Sousa,52, viu sua casa desvalorizar em mais de 50%. O mercado imobiliário avalia em R$ 80 mil sua casa, mas Neusa só achou quem pagasse apenas R$ 25 mil. Quando cheguei aqui não havia esta estação e agora quando um comprador percebe que temos este problema ele desiste do negócio ou reduz o preço. Quero me mudar daqui, mas não sei o que fazer, desespera-se. Segundo Maria Pignatária a estação foi construída há 20 anos para atender 18 mil habitante, mas região cresceu e hoje ela atente 45 mil, ou seja, mais que o dobro da capacidade. Empresas vizinhas também contribuíram para aumentar a poluição. Maria informou ainda que a Saneago esta fazendo uma nova tentativa para solucionar o problema. Contratamos uma empresa de controle de odor e estamos utilizando um produto a base de enzima, explicou. Apesar destas providências, a idéia da Saneago é desativar o local quando a Estação de Tratamento Santo Antônio Estiver operando. Um dos problemas apontados pelo secretário do meio Ambiente que pode está causando o odor seria a falta de funcionamento dos aeradores. Eles funcionam como uma espécie de trituradores do esgoto despejados nas valas para depois ganhar o córrego do Almeida com menor teor de poluição. O ideal, segundo Lafaiete é o trabalho dos sete aradores instalados, mas ultimamente apenas dois estão em atividade A população não está confiante no trabalho da Saneago e continua reclamando do mau cheiro. A dona de casa Alceni Alves dos Santos,31, não acredita que os novos tratamentos resolvam. São medidas paliativas, como outras anteriores que não acabaram com o mau cheiro, revela. Os vereadores ameaçaram cancelar a concessão da Saneago em Aparecida caso o problema não seja resolvido. Se não houver uma solução haveremos de busca uma saída mais drásticas. O povo não pode pagar por isso, destacou o presidente da Câmara, João Antônio Borges.